O estrategista mental e inspirador, Fabio Di Giacomo, revelou cinco dicas para ser mais efetivo na realização das suas metas para este ano. Você sabia que 95% das pessoas ainda não fizeram nada para conquistar os objetivos de 2017? Aprenda a começar já!
1. Faça um fechamento do ciclo anterior
Pense em 2016 e sele esse ano. Para isso, é importante se fazer três perguntas: o que aconteceu que foi bacana em 2016 para mim? Liste em um papel. Você vai se espantar pela quantidade de coisas que teria esquecido sem isso. Essa pergunta é importante porque, a medida que você for se lembrando, trará um estado emocional positivo. Você verá que teve muito mais coisas legais do que lembrava.
A segunda pergunta é: se você pudesse reviver algum momento de 2016 que trouxesse a oportunidade de fazer algo diferente, quais seriam as coisas que faria de outra forma? Pense no que poderia fazer e, conforme for imaginando, você está automaticamente dizendo para o seu cérebro que existem outras possibilidades e que naquele momento você só não conseguiu enxergá-las. Isso amplia a sua percepção para pensar em novas formas de fazer a mesma coisa. Quanto mais opções você tem, mais flexível você se torna.
A terceira pergunta é: qual foi o seu maior aprendizado de 2016? Isso serve para que você se sinta mais preparado para o próximo ano. Refletir sobre essas três perguntas irá te colocar em uma posição de se sentir pronto para o ano, pois isso te traz mais confiança, um ingrediente fundamental para encarar novos desafios.
2. Coloque as suas metas de 2017 no papel
É para escrevê-las mesmo. Muitas vezes as metas só ficam em nossa cabeça e acabam virando promessas da boca para fora, que falamos no momento do dia 31 para o dia 1º. Porém, uma pesquisa feita com alunos de Harvard, em 1979, perguntou quantos deles tinham metas específicas colocadas no papel: 13% dos alunos tinham metas, mas não colocavam no papel; 3% tinham no papel; e 84% não tinham meta.
Após 10 anos, os pesquisadores analisaram como estava a vida dessas pessoas. Os 13% com metas, mas que não tinham colocado no papel, estavam ganhando o dobro em relação aos que não tinham colocado meta. Já os que colocavam as metas no papel ganhavam, em média, 10 vezes mais do que os outros 97% juntos. Ou seja, quando você coloca uma meta no papel, já começa a materializar aquilo que deseja.
Coloque os seus sonhos no papel e depois transforme em uma meta. Um sonho é diferente de uma meta. Uma meta é mais específica, um sonho é mais geral. Uma das promessas comuns de final de ano é “vou entrar na academia” e, assim como essa, todas elas são muito gerais. Especificar seria: “vou entrar na academia Xis, no dia 15 de janeiro, onde vou fazer musculação 3 vezes por semana”. Então, faça a sua lista de desejos e depois transforme em metas específicas e reais, porque isso deixa o objetivo mais claro e fácil de ser processado pelo seu cérebro.
3. Seja um evolucionário
Um evolucionário é a pessoa que tem muito mais chance de realizar o que quer. Essa pessoa tem desejo de ser melhor a todo instante. Hoje, ela quer ser melhor do que ontem. O evolucionário é responsável pela própria mudança.
Se eu evoluir como pessoa, me torno um melhor pai, marido, irmão, profissional, líder, isso acaba impactando em todas áreas da vida. Essa pessoa evolui os padrões mentais e muda a sua própria realidade, não fica esperando que os outros façam isso.
4. Aprenda a lidar cada vez melhor com a mudança
Por mais que a gente diga que sabe lidar com a mudança, vai depender do quanto essa mudança vai nos tirar da zona de conforto e o quanto ela vai despertar os nossos medos. A gente sabe como a mudança é importante na vida, porque o mundo hoje é muito mais dinâmico do que a 40 anos atrás.
Existem dois tipos de mudança: a primeira é aquela mudança imposta, que você não tem controle. É quando você recebe uma ligação sobre algo que aconteceu e que não tem o que fazer, só aprender a lidar. A medida que você consegue fazer isso, passa a viver de maneira mais leve e deixa de brigar contra essas mudanças da vida. Só não temos dificuldades de lidar com mudanças que são boas, como uma reunião cancelada que você não estava preparado.
O segundo tipo de mudança é a que você escolhe e decide fazer, que tem relação com a lista de ano novo. Você pensa “agora vai”, mas na prática não é assim e você vai se frustrando, pois o tempo passa e você vê que não está fazendo o que se propôs. Isso acontece porque não entendemos como nós funcionamos em relação a essa mudança.
Para todas as mudanças que acontecem, existem duas partes no nosso cérebro trabalhando. Existe a parte racional, que vamos chamar de “jóquei”, uma a parte que precisa ter clara a direção que está indo. Por outro lado, tem a parte chamada de “elefante”, que são as nossas emoções. Muitas vezes achamos que a mudança é comandada pelo jóquei e, na verdade, ela está sendo comandada pelo elefante. Por mais que o jóquei tente controlar, o elefante tem vontade própria.
O elefante se movimenta em direção à mudança de duas formas: ele se motiva para ir ou ele sabota o seu processo de mudança. E muitas vezes o nosso processo de sabotagem é inconsciente, nem percebemos que estamos sabotando nossa própria mudança. O elefante faz isso porque prefere prazeres imediatos.
No começo do ano, é o momento que você diz que vai para a academia e o jóquei define que você vai ter uma vida saudável. Você vai no primeiro dia, no segundo, no terceiro, no quarto. Então, o elefante começa a olhar para o sofá e sentir preguiça. “Tenho que pegar a roupa da academia, está chuva, frio”, etc, até que você se rende ao sofá, que é muito mais fácil do que fazer esforço na academia. O elefante sabota suas metas fazendo você sentir dor ou prazer. Por isso, é importante saber quais são as emoções que estão comandando esse processo, para poder alinhar o jóquei com o elefante na mesma direção.
5. Pare de justificar e entre em ação
Normalmente, quando não entramos em ação, nosso processo mental é achar uma justificativa para não ter feito aquilo que eu achava que devia ter feito. Se eu defino para mim que tinha que ir na academia, mas eu não fui, começo a arrumar justificativas. Isso acontece porque preciso ficar mais confortável, então falo coisas como “dormi muito tarde, hoje foi puxado para mim, está frio, o dia vai ser corrido”. E nós começamos a nos apaixonar por essas justificativas, elas viram uma história que contamos para enganar a nós mesmos nesse processo.
Você define as suas metas e, se não as realizar e começar a arrumar justificativas, elas vão se acumulando. Estamos na segunda quinzena de janeiro, um momento de muita ruptura. Somente 5% das pessoas já entrou em ação para colocar em prática algumas das coisas que se propuseram. Já 95% das pessoas ainda não fizeram nenhuma ação para aquela lista de desejos. Esse é um ponto de ruptura, porque se você ainda não fez nada, já deve estar se justificando: “É período de férias, começo de ano, Carnaval, vou tirar férias em maio, logo tem férias escolares”, até que chega agosto e então você desiste das metas, pois já está perto do fim do ano novamente.
Entre em ação, saia da sua zona de conforto, comece agora. Procrastinamos uma coisa porque temos medo de errar, aí só ficamos planejando, planejando e planejando. Pare de justificar e entre em ação!
FONTE: Minha Vida.